De acordo com relato publicado na revista Agricultural research, a melancia contém tanto ou mais licopeno que o tomate. Licopeno é um pigmento vermelho da família dos carotenóides presente em algumas frutas e algas. O licopeno é um nutriente importante porque atua como um poderoso antioxidante varredor de radicais livres que causam danos oxidativo e perda de função celular.
Estudos anteriores concluiram que o aumento na ingesta de licopeno está associado a redução na incidência de vários tipos de câncer(principalmente próstata, pulmão e estomago) e doença cardiovascular.
Os pesquisadores americanos também examinaram a biodisponibilidade do licopeno da melancia. Se um nutriente é bem absorvido no trato gastrointestinal e alcança boas concentrações nos tecidos, dizemos que ele possui boa biodisponibilidade. No caso do licopeno da melancia, este mostrou-se tão biodisponivel quanto o do tomate.
Os estudos tem mostrado que 1 xícara e meia de suco de melancia contém cerca de 9 a 13 mg de licopeno. Em média, a melancia contém 40% mais licopeno que tomates maduros crús. A coloração é um bom indicador do conteúdo de licopeno na melancia. Quanto mais vermelha e madura, mais licopeno. A melancia também contém vitaminas A, B6, B1 e vitamina C. Outras boas fontem de licopeno incluem os tomates (no molho de tomates o licopeno está mais concentrado), goiaba, abricó e grapefruit.
Um interessante estudo avaliou os efeitos de uma dose moderada de cafeina sobre a resposta cardiovascular e neuroendócrina(hormonal) ao stress. O estudo envolveu 25 indivíduos sadios do sexo masculino, selecionados como consumidores habituais ou moderados de cafeina. Registros dos parâmetros cardiovasculares e neuroendócrinos(hormonais) foram feitos em condições de repouso e após administração de cafeina(3,5 mg/kg) ou placebo(substância farmacologicamente inativa), enquanto os individuos estudados realizavam uma estressante tarefa de laboratório, e também no período de recuperação pós stress.
Os resultados encontrados permitiram concluir que a cafeína elevou a pressão arterial e a concentração plamática de noradrenalina em repouso e também mais ainda na situação de stress avaliada. A cafeina também potencializou a secreção plasmática da epinefrina(adrenalina) e cortisol em resposta ao stress - ambos hormônios secretados em situações de stress-, mais que dobrando os valores observados na situação de controle. Estes resultados foram observados tanto nos consumidores habituais de cafeina,quanto nos moderados, e o nivel de consumo habitual de cafeina não afetou a magnitude da resposta. Estes resultados indicam que a cafeina pode potencializar tanto a resposta cardivascular quanto neuroendócrina ao stress, e que o consumo habitual de cafeina não está necessariamente associado com o desenvolvimento de tolerância a estes efeitos.
Estudos anteriores estimavam que a ingestão de cafeína em doses moderadas (até 300 mg/dia) não fossem prejudiciais à saúde de um indivíduo normal.
Os resultados encontrados por este estudo, confirmando outros trabalhos anteriormente publicados, indicam que a cafeina atua como um "amplificador" do efeito dos estressores normais do dia a dia, ou seja, para um mesmo nível de stress, aqueles individuos consumidores habituais de cafeina apresentarão maior resposta cardiovascular e hormonal.
Digno de nota também é o fato que a dose de cafeina utilizada pelos pesquisadores, ou seja 3,5 mg/kg, equivale a uma dose de aproximadamente 200 mg para um adulto de 60 kg. Ora, esta dose é atingida facilmente com o consumo de 02 expressos ao dia.
Os efeitos da ativação prolongada do eixo hormonal do stress são sobejamente conhecidos com repercussões deletérias para o metabolismo (facilitando o ganho de peso e acúmulo de gordura na linha da cintura), sistema cardio vascular, imunidade, sistema nervoso central, etc.
Na prática, observamos que geralmente as pessoas que tomam mais café são as mais estressadas ou que vivem em ambientes com alto nível de estresse. Nestes casos estabelece-se algo como um ciclo vicioso. O estressado precisa mais do café para manter-se alerta e quanto mais toma café, mais acentua os efeitos do stress no organismo. Portanto, para quem é portador de doença cardiovascular(hipertensão arterial, doença coronariana, arritmias cardiacas, avc, etc) a melhor coisa a fazer é reduzir ao máximo o consumo de cafeina.
VEJA O CONTEÚDO DE CAFEINA EM DIVERSOS PRODUTOS Na tabela a seguir, pode-se observar a quantidade de cafeína em alguns alimentos: Alimento Quantidade de cafeína
Café: Medida de 140 ml
Coado expresso 115 mg
Coado 80 mg
Instantâneo 65 mg
Descafeinado, coado 3 mg
Descafeinado, instantâneo 2 mg
Chá: Medida de 140 ml
Coado 40 mg
Coado, marcas importadas 60 mg
Instantâneo 30 mg
Refrigerantes à base de cola 170 ml contém aproximadamente 18 mg
Bebidas à base de cacau 140 ml contém aproximadamente 4 mg
Leite achocolatado 220 ml contém aproximadamente 5 mg
Chocolate preto meio doce 28g contém aproximadamente 20 mg
Fonte: Lane, J. D., Adcock, R. A., Williams, R. B. and Kuhn, C. M. (1990). "Caffeine effects on cardiovascular and neuroendocrine responses to acute psychosocial stress and their relationship to level of habitual caffeine consumption." Psychosomatic Medicine 52(3): 320-36.
Se você é um consumidor atento, deve ter observado um grande número de produtos do super mercado exibindo em suas embalagens o "ZERO% de GORDURA TRANS" ou "NÃO CONTÉM GORDURA TRANS" em letras garrafais. Durante muito tempo fomos ensinados a trocar a manteiga(gordura saturada) pela margarina (gordura vegetal hidrogenada) porque esta não aumenta o colesterol. No entanto ,diversos estudos científicos mostraram que a gordura tipo trans, abundante nos óleos vegetais hidrogenados, é provavelmente muito mais danosa à saúde que a gordura saturada.
Recentemente, em um artigo "on line" do British Medical Journal, pesquisadores britânicos afirmaram que banir as gorduras trans do Reino Unido preveniria milhares de ataques cardíacos e mortes anualmente, e seria uma maneira simples de proteger a sociedade e salvar vidas.
Você sabe por que a gordura tipo TRANS está sendo substituída nos alimentos processados?
A gordura trans pode causar vários danos à saúde. Entre os mais importantes citamos:
A gordura trans eleva o colesterol ruim(LDL), diminui o colesterol bom(HDL) e aumenta a taxa de triglicerídios, fatores de risco para doença cardiovascular.
A gordura trans aumenta a produção de mediadores químicos inflamatórios relacionados a aumento de incidência de muitas doenças crônicas de nosso tempo(doenças auto-imunes, câncer, infertilidade,etc.)
A gordura trans inibe os receptores da insulina nas membranas celulares provocando resistência insulinica, aumentando a incidência de obesidade e diabetes.
A solução encontrada pela indústria de alimentos para substituir a gordura trans, é um processo altamente industrializado, chamado interesterificação. O processo químico que produz gordura interesterificada é um tanto complicado, mas, essencialmente, um óleo vegetal natural como o de girassol por exemplo, é combinado com ácido esteárico e vários catalisadores alcalinos. A gordura interesterificada apresenta várias vantagens para os fabricantes de alimentos processados- aumento do tempo de prateleira do produto e sabor semelhante ao da gordura animal.
A gordura interesterificada está sendo introduzida em diversos alimentos processados para ser o substituto mais "seguro" das gorduras trans. No entanto evidências científicas começam a aparecer que tal pretensão está bem longe da realidade. Estudo publicado na revista Nutrition & Metabolism verificou que a gordura interesterificada aumentou a resistência insulinica (aumentando a taxa de glicose e/ou diminuindo a produção de insulina), condição esta precursora comum do Diabetes Mellitus e obesidade. Após 4 semanas consumindo dieta rica em gorduras interesterificadas, os participantes do estudo apresentaram significativo aumento da taxa de glicose no sangue ( quase 20%). Este aumento foi até maior que o observado com a gordura trans. Também a produção de insulina caiu 10% na dieta rica em gordura trans e quase o dobro disto na dieta rica em gordura interesterificada. Os resultados do estudo concluem que a gordura interesterificada afeta a produção de insulina pelo seu pâncreas e aumenta a resistência dos tecidos periféricos à ação da insulina.
A gordura interesterificada também reduziu os níveis do bom colesterol(HDL).
A gordura interesterificada provavelmente não estará discriminada no rótulo do alimento.
Se você é daqueles que tem por hábito ler rótulos de produtos que compra no supermercado, não adianta procurar por "gordura interesterificada" no rótulo porque você não vai encontrar. Na prática, se o rótulo do alimento processado contém "óleo vegetal" como ingediente, ou "gordura vegetal hidrogenada", você pode estar certo de estar consumindo ou gordura interesterificada ou gordura trans.
FONTES:
1 Sundram K, Karupaiah T, Hayes K.. (2007). "Stearic acid-rich interesterified fat and trans-rich fat raise the LDL/HDL ratio and plasma glucose relative to palm olein in humans.". Nutr Metab. DOI:10.1186/1743- 7075-4-3.
2 "New Fat, Same Old Problem With An Added Twist? Replacement For Trans Fat Raises Blood Sugar In Humans", Science Daily, January 18, 2007.
""Os seres humanos, potencialmente a mais alta forma de vida neste planeta,construiram uma imensa indústria farmacêutica com o propósito central de envenenar as formas mais inferiores de vida- os germes.Uma das maiores tragédias da civilização humana é a precedência da química sobre a nutrição" Dr. Richard Murray. .
No dia 07 de abril a notícia que tomou conta dos meios de comunicação do país foi o trágico deslizamento de terra no morro do bumba, em Niteroi-RJ. Desencadeada pelas fortes chuvas, uma avalanche de terra causou muita destruição e mortes naquela comunidade. De acordo com autoridades locais, o desabamento de tantas casas ao mesmo tempo pode ter sido facilitado pelas condições do terreno. Aquela área toda corresponde a um antigo lixão desativado, o que acabou criando as condições necessárias para esta anunciada tragédia.
Toda esta história trouxe a minha mente a lembrança de dois "gigantes", cujas obras são fundamentais para compreender o modelo da medicina que é praticada hoje: Louis Pasteur e Antoine Beauchamp. Há quase um século estes dois homens estavam na linha de frente da ciência. Pasteur, químico , pai da bacteriologia, criou a chamada “Teoria do Germe”. Segundo Pasteur, as doenças são causadas por microorganismos invasores que promovem alterações no estado de equilíbrio do organismo (homeostase). Em seus dias, tentando provar suas teorias sobre os perigosos germes, Pasteur enfrentou a oposição de Antoine Beauchamp, outro grande cientista. Beauchamp rejeitava as ideias de Pasteur e defendia a tese que as reais causas das doenças residiam no"terreno biológico", e não no germe em si. Beauchamp acreditava que os germes estavam para as doenças assim como as moscas estão para o lixo, ou seja, são o resultado e não a causa.
""A verdadeira causa das doenças está em nós, sempre em nós". Antoine Beauchamp(1883)
Dr. Antoine Beauchamp, médico, pesquisador, professor de química,biologia e farmácia, destacava a importância do estilo de vida e da nutrição integral como elemento chave na prevenção e tratamento contra as doenças há quase 150 anos. Os títulos de suas obras científicas publicadas ocuparam oito páginas no jornal francês de ciência "Moniteur Scientifique". Beauchamp também postulou a existência dos cromossomos bem antes de qualquer cientista.
Embora, segundo os historiadores, Pasteur tenha reconhecido em seu leito de morte que "o germe não é nada, e o terreno biológico é tudo", foram as idéias de Pasteur que prevaleceram na linha da história. Mais amigáveis à lucrativa e emergente indústria farmacêntica, as idéias e o legado de Pasteur moldaram a mente de gerações de médicos e profissionais de saúde. Isto resultou em grande prejuizo à prevenção de doenças e promoção da saúde. Tomemos por base o uso de antibióticos. Patógenos cada vez mais resistentes aos antibióticos estão emergindo a uma velocidade alarmante e as opções terapêuticas estão diminuido. O fenômeno de resistência a drogas está aumentando entre bactérias, vírus, fungos e parasitas.Ainda, há sólidas evidências científicas que o uso de antibióticos pode prejudicar o sistema imunológico, desequilibrando mais ainda o terreno biológico em favor da doença.
Há muitos anos Beachamp descobriu que os germes são elementos oportunistas, esperando as condições propícias. De outra forma se tornam absolutamente inócuos. Estamos continuamente expostos de todas as formas a uma infinitude de microorganismos. Contudo, quando encontram um organismo subnutrido, exposto a um ambiente tóxico, hormonalmente desequilibrado e sob stress, então a integridade do organismo torna-se seriamente ameaçada.
A maioria dos medicamentos utilizados hoje na prática clinica tem o poder apenas de tratar e controlar sintomas. Infelizmente, também nossos hospitais não são espaços onde se promove saúde. Há uma diferença conceitual enorme entre promover saúde e combater doenças.
Sem de forma alguma desconsiderar a inestimável contribuição de Pasteur à medicina, hoje necessitamos dar mais ouvido a Beauchamp, pois, como no episódio da tragédia do morro do Bumba, a natureza costuma cobrar muito caro quando não se dá a devida atenção ao terreno.
Em trabalho publicado recentemente no American journal of Clinical Nutrition, pesquisadores do estado da Pennsylvania estudaram o efeito de 2 tipos de dieta em 71 mulheres obesas com idade variando de 22 a 60 anos. Estas mulheres foram distribuidas em 2 grupos. Um grupo foi orientado e acompanhado para seguir uma dieta reduzida em gorduras. O outro grupo, além da orientação de reduzir a gordura, também foi orientado e acompanhado para aumentar a ingestão de alimentos com alto conteúdo de água(frutas e verduras), ou seja, de baixa densidade calórica. Em ambos os grupos, ao contrário da maioria das dietas, não foi estabelecido um limite diário da quantidade de calorias consumidas.
Resultados: Ao final de um ano as mulheres em ambos os grupos mostraram uma perda de peso significativa, assim como uma diminuição na densidade calórica de suas dietas. No entanto, mulheres que adicionaram alimentos ricos em água em suas dietas perderam mais peso durante os seis primeiros meses de estudo do que aquelas que apenas reduziram a gordura. Também, os resgistros mantidos pelas mulheres revelaram que o grupo que incluiu mais alimentos de maior conteúdo de água (frutas e verduras) ingeriu 25% mais alimento por peso e sentiu menos fome que o grupo que apenas reduziu a gordura. A redução do peso foi mantida por mulheres de ambos os grupos nos últimos seis meses do estudo.
"Comendo mais frutas e vegetais, elas foram capazes de comer mais. Isto provavelmente as ajudou a aderir melhor à dieta e perder mais peso. Portanto,incluir alimentos de baixa densidade calórica foi uma estratégia eficaz para perda de peso, que foi mantida ao longo de 1 ano de acompanhamento", afirmou ello-Martin, coordenadora da pesquisa.
Os alimentos ricos em água e pobres em gorduras - como frutas, vegetais, sopas, carnes magras, e laticínios pobres em gorduras - possuem baixa densidade calórica e fornecem poucas calorias por mordida. Este estudo demonstrou que escolher alimentos que possuem baixa densidade calórica, ajuda a perder peso sem as mensagens restritivas de outras dietas.
ALIMENTOS DE ALTA DENSIDADE CALÓRICA FAZEM VOCÊ ENGORDAR MAIS COMENDO MENOS
O que vai fazer você engordar mais, comer 200g de bolo de chocolate ou 200g de brócolis? Não precisa ser nenhum "expert' para responder que provavelmente é o bolo de chocolate, porque este apresenta um número bem maior de calorias por peso. Então "Densidade calórica" nada mais é que o número de calorias por grama de alimento. Cem gramas de manteiga, por exemplo, contém 766 calorias, e 100 gramas de alface, apenas 16: a alface é um dos alimentos de mais baixa densidade, enquanto a manteiga concentra alta densidade calórica em uma pequena porção. Experimente comer um pedacinho de pão com 1 colher de manteiga, ou seu equivalente calórico de 11 xícaras de alface: com qual das duas opções você se sente mais saciado? Utilizando valores determinados pela USDA Nutrient Database, podemos calcular a densidade calórica de vários alimentos para mostrar como isto funciona. Vejamos:
* Maçã - 100 gramas de maçã contém 52 calorias. Isto significa que 1 g de maçã contém 0.52 calorias. Então a Densidade calórica ou Energética da maçã é 0.52.
* Feijão Verde - 100 gramas de feijão verde contém 35 calorias.Isto significa que 1 g de feijão verde contém 0.35 calories. Então a Densidade calórica do feijão verde é 0.35.
* Bolo de chocolate - 100 gramas de bolo de chocolate contém 379 calorias. Isto significa que 1 g de bolo de chocolate contém 3.79 calories. Então a Densidade calórica do bolo de chocolate é 3.79.
* Batatas fritas - 100 gramas de batatas fritas contém 531 calorias. Isto significa que 1g de batata frita contém 5,31 calorias. Então a Densidade calórica da batata frita é 5.31.
Em geral, os pesquisadores classificam os alimentos segundo a Densidade calórica da seguinte forma:
* Densidade Calórica Muito Baixa = 0.0 to 0.7 * Densidade Calórica Baixa = 0.8 to 1.5 * Densidade Calórica Moderada a Alta = 1.6 to 3.0 * Densidade Calórica Muito Alta = 3.1 ou mais.
A densidade calórica de um alimento depende fundamentalmente de seu conteúdo de água e de fibras. Água contém zero calorias. Então, quanto mais água, menos calorias.
A fibra é outro ingrediente chave nos alimentos de baixa densidade calórica. Fibra também ajuda a explicar a maior sensação de saciedade proporcionada pela ingestão de frutas e vegetais.
Nova pesquisa divulgada pelo Ministério da saúde expõe o perfil da alimentação e atividade física do brasileiro. Os dados da pesquisa foram obtidos através de levantamento realizado todo ano pelo Ministério da Saúde, o Vigitel. Foram entrevistadas 54.367 entre os dias 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009. O resultado foi apresentado durante a comemoração do Dia Mundial de Saúde nesta quarta-feira, 7 de abril, na sede da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), em Brasília.
A pesquisa mostrou que 30,4% da população com mais de 18 anos ingere cinco ou mais porções diárias de legumes, verduras e hortaliças por semana. E 18,9% consumiram cerca de cinco porções diariamente em 2009 - 2,6 vezes mais que o registrado em 2006 (7,1%). Isso equivale às 400 gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.
Por outro lado, preocupa o crescimento do consumo de refrigerantes, de produtos gordurosos e o aumento do sedentarismo no país. Os dados apontam que refrigerantes e sucos artificiais (aqueles em pó dissolvidos em água) participam ativamente da dieta do brasileiro. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez na semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo regular, quase todo dia, aumentou 13,4% em um ano. O consumo é maior entre os mais jovens (18 a 24 anos). Nesta faixa, 42,1% bebem refrigerantes quase todos os dias. Além disso, as versões light ou diet do produto não são tão requisitadas. Só 15% da população adulta optam por eles.
Já o feijão, símbolo da culinária nacional, perdeu espaço na mesa do brasileiro. Segundo o Ministério da Saúde, brasileiros estão consumindo menos o alimento símbolo do país por falta de tempo para prepará-lo. A pesquisa mostra que 65,8% dos entrevistados consomem o alimento pelo menos cinco vezes por semana. Em 2006, esse percentual era de 71,9%.De acordo com Deborah Malta, uma das responsáveis pelo estudo, o desprestígio do prato tem relação com o corre-corre da vida metropolitana.
– O feijão requer tempo de preparo e pressupõe uma comida caseira. Com a mudança no estilo de vida da população, ele está saindo da rotina do brasileiro – afirma Deborah Malta.
Em relação à atividade física, os dados revelam que apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas no tempo livre com a regularidade necessária - 30 minutos diários, cinco vezes por semana. Considerando aqueles que se deslocam para o trabalho ou para escola a pé ou de bicicleta, o índice sobe para 30,8%. O estudo demonstra ainda aumento do número de sedentários no país, que hoje representam 16,4% da população, ou seja, pessoas que não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, no deslocamento, na limpeza da casa ou outros trabalhos pesados. Esse índice é 24% maior que o registrado em 2006, quando havia 13,2% de adultos inativos fisicamente.
Nos períodos de descanso, é a televisão que distrai o brasileiro. A pesquisa mostrou que 25,8% dos adultos passam três ou mais horas em frente à TV e isso acontece cinco vezes ou mais na semana. "Isso demonstra que as pessoas optam cada vez mais por um lazer passivo ao invés de praticar esportes ou outras atividades físicas. Observamos um predomínio de alimentos com alto teor de gordura e açúcar na dieta do brasileiro, e isso não tem sido compensado com aumento de atividades físicas. Pelo contrário, as pessoas estão mais sedentárias”, alerta Deborah Malta”.
Em postagem anterior, abordei superficialmente a questão da inflamação. Hoje aprofundo este assunto e voltarei a abordá-lo sob diversas óticas em ocasião oportuna.
Imagine uma situação bem corriqueira do dia a dia. Você cai durante uma corrida no parque e fere os joelhos. O que vai acontecer com o ferimento nas horas seguintes ao incidente? A região afetada ficará vermelha, quente, dolorida e “inchada”. Estes sinais(rubor, calor, dor e edema) são os sinais clássicos do que costumamos chamar de inflamação.
Este mecanismo nada mais é que um esforço articulado do organismo para se autoreparar. Em resposta à agressão, o organismo orquestra uma série de respostas (aumento do fluxo sanguineo, deslocamento de células de defesa-leucócitos, produção de substâncias vasodilatadoras, etc) visando ao controle da infecção por patógenos externos (bactérias, vírus, fungos, etc) e manutenção do equilíbrio interno(homeostase).
Bem, esta é a inflamação que nós vemos. Este tipo de inflamação é benéfico e precisamos dela para sobreviver. No entanto as descobertas científicas tem apontado que este mecanismo pode perder o controle e se voltar contra nós mesmo. Um número cada vez maior de estudos apontam que a inflamação pode agir como precursora e afetar a evolução de muitas doenças crônicas, como doença cardio-vascular(infarto, AVC, trombo-embolismo, etc.), câncer, diabetes, obesidade, depressão, artrite , hipertensão arterial e Alzheimer. É como se cada organismo tivesse o seu “inflamostato”, ou seja um ponto de ajuste da inflamação. Para mais ou para menos. Infelizmente, devido a uma série de desequilibrios relacionados ao estilo de vida moderno(má alimentação, obesidade, sedentarismo, stress, infecções crônicas, poluição ambiental, alergias alimentares, etc) um número cada vez maior de indivíduos adquirem ao longo do tempo este estado “pró inflamatório”. A incidência crescente destas doenças crônico degenerativas só vem confirmar este dado.
Como saber se esta inflamação “oculta” pode ser um problema para mim?
Cada indivíduo deve ser avaliado detalhadamente em relação à presença e extensão de inflamação “oculta”. Isto requer uma historia clinica pormenorizada, hábitos alimentares, antecedentes clínicos, etc. Existe também um exame laboratorial relativamente simples chamado “PROTEINA C REATIVA ULTRASENSÌVEL”. Na ausência de processo infeccioso em atividade ele mede o grau de tendência do organismo à inflamação. Um estudo publicado no “American Journal of Medicine” em Maio de 1999, encontrou que em uma população considerada “sadia” de indivíduos idosos, níveis mais elevados de proteína c reativa e interleucina 6 (marcadores de inflamação sistêmica) tinham uma probabilidade 260% maior de morrer nos próximos 4 anos. O aumento da mortalidade deveu-se às doenças cardiovasculares e outras causas.
A detecção precoce de inflamação “oculta” pode ajudar você a prevenir o desenvolvimento de muitas condições negativas de saúde.
Qual a melhor maneira de abordar este problema?
O uso de drogas antiinflamatórias(aspirina, ibuprofeno, etc.) e corticóides como a predinisona-embora úteis em situações agudas- interferem com vários sistemas do organismo e podem levar a complicações sérias, inclusive óbito. De fato, mais pessoas morrem por ano por uso de antiinflamatórios que de doenças como asma ou leucemia.
É importante compreender que este conceito de inflamação não deve ser atribuído especificamente a nenhum órgão ou mesmo especialidade médica. De fato, se você pesquisar qualquer publicação médica nas mais variadas áreas do conhecimento médico, você encontrará uma infinidade de artigos apontando para a relação inflamação-doença em variados órgãos e sistemas.
Certamente, entre as alternativas mais efetivas para lidar com este problema encontra-se a ESTRATÉGIA NUTRICIONAL, associada a intervenções no estilo de vida. No que diz respeito a isto, destacarei aqui 4 medidas básicas.
1. Redução do sobrepeso/Obesidade: Hoje compreendemos que a massa de gordura corporal, principalmente aquela localizada na região do abdômen funciona como um reservatório de inflamação. Daí porque o diâmetro da cintura tem correlação direta com a incidência de doença cardiovascular. Segundo os critérios mais recentes da Federação Internacional de Diabetes, uma circunferência abdominal(medida à altura da cicatriz umbilical) ≥ 94 cm para o homem e ≥80 cm para a mulher já aumenta significativamente a incidência de de doença cardiovascular e diabetes nestes individuos.
2. Correção do desequilíbrio típico de nossa cultura alimentar ocidental no que se refere à desproporção entre o consumo de gordura poliinsaturada Ômega6/Ômega 3. Segundo os cientistas, a proporção ideal entre estas 2 gorduras seria em torno de no máximo 3:1. No entanto, em nossa dieta habitual esta proporção chega facilmente a níveis de 20:1 a 30:1. Isto se deve a consumo em muito maior quantidade de alimentos ricos em ômega 6(óleos vegetais-soja, girassol, canola,etc) que os ricos em ômega 3(salmão, sardinha, linhaça, etc). Isto leva a um desequilíbrio na formação dos mediadores inflamatórios (prostaglandinas, tromboxanos, etc) levando à formação maior de mediadores mais inflamatórios, principalmente as prostaglandinas do grupo 2(PGE2, PGF2, etc)
3. Reduzir ao máximo o consumo de ácidos graxos do tipo TRANS(margarina, condimentos industrializados, frituras, etc). Hoje sabemos que a gordura trans é extremamente nociva para o coração, aumenta a taxa do colesterol ruim (LDL) e é a aterogênica.
4. Atividade Física Regular: Um sem número de evidências científicas mostram que o exercício físico reduz inflamação. Também melhora o sistema imunológico, fortalece o sistema cardiovascular, previne e corrige a resistência insulínica e é fundamental para combater os efeitos do stress.
Concluindo, a inflamação pode estar na origem de muitos problemas de saúde. Existem maneiras efetivas de se diagnosticar e quantificar isto clinicamente. A estratégia nutricional aliada a modificações no estilo de vida pode prevenir e retardar a progressão de muitas doenças que têm a inflamação como pano de fundo.
Nestes tempos de tantas "big"baboseiras televisivas, fica até difícil indicar alguma coisa útil para assistir na telinha. Este não é o caso de "Super size me- A dieta do palhaço`".
O produtor/diretor/cobaia (conforme ele se anuncia em seu site) Morgan Spurlock resolveu realizar o filme após ver uma notícia sobre duas adolescentes obesas que estavam processando a rede de fast-food McDonald´s. O filme começa mostrando fatos e dados sobre o crescente aumento da obesidade na América. 37% das crianças e adolescentes americanos são obesos, e 2 em cada 3 adultos estão acima do peso ou obesos.A Organização Mundial da Saúde declarou a obesidade como uma epidemia global. Se nada for feito, a obesidade irá superar o fumo como a maior causa evitável de morte da América. De quem é a culpa: das pessoas que não conseguem se controlar, ou das corporações de fast-food? Ele então anuncia sua decisão de passar um mês se alimentando exclusivamente de produtos vendidos em lojas doMcDonald´s. Ele determinou para si mesmo algumas regras:1: Sem opções: ele só poderia consumir o que viesse das lojas (incluindo a água);2: Só consumir as porções super size quando fossem oferecidas (e ele não as poderia recusar);3: Sem desculpas: ele deveria comer cada item do cardápio ao menos uma vez.Antes de começar a maratona, ele visitou três médicos (um cardiologista, um gastro enterologista e um clínico geral) e uma nutricionista,que o monitorariam periodicamente durante o mês da experiência, e fez um check-up completo. Seu peso era normal, sua saúde boa, e todos os profissionais concordaram que a idéia era uma estupidez completa. O estilo de vida americano, incluindo a dificuldade de se fazer as refeições em casa, fazem que 40% das refeições dos americanos sejam feitas fora de casa (1 em cada 4 americanos visitam um restaurante fast-food por dia. O McDonald's representa 43% deste mercado). O documentário mostra como a comida fast-food pode viciar como uma droga e também os muitos problemas sérios de saúde que podem ser causados pela obesidade (hipertensão, doença coronariana, diabetes, AVC,osteoartrite, apnéia do sono, problemas respiratórios, câncer de endométrio, mama, próstata e de cólon, dislipidemia, esteatohepatite, resistência à insulina, asma, hiperuricemia, síndrome do ovário policístico, infertilidade e gota. Acham pouco?), e como algumas pessoas recorrem a cirurgias de estômago na tentativa de controlar uma obesidade mórbida.
Qual o resultado da experiência suicida? Um mês depois, Morgan estava 11 quilos mais gordo, estava com disfunção hepática,com sintomas de depressão, seu nível de ácido úrico subiu às alturas e seu condicionamento físico e sua libido despencaram (ele combinou que não andaria mais que o americano médio consumidor de Big Macs anda por dia, o que reduziu sua atividade fisica quase a zero).Ele levou um mês desintoxicando o organismo (com a ajuda da namorada, uma chef vegetariana, que criou uma dieta desintoxicante para ele), e mais 9 meses para retornar ao peso anterior (84 kg). Nas notas finais, ele explica que, após o filme ser exibido em Sundance (onde ganhou o prêmio de melhor Diretor), o McDonald´s retirou a porção super size dos cardápios. E as garotas que processaram o McDonald´s... bem, elas perderam o processo, pois não ficou provado que os problemas de saúde foram causados pelos Big Macs ingeridos.
O açúcar pode alterar completamente a homeostase do organismo de muitas maneiras. Esta lista, extraida de vários periódicos médicos e outras publicações científicas, cita algumas conseqüências metabólicas do açúcar. Vale ressaltar que todos estes efeitos são "dose-dependentes", ou seja, serão mais evidentes quanto maior for o consumo.
Açúcar pode debilitar o sistema imunológico.
Açúcar pode causar deficiências de minerais.
Açúcar pode produzir ou agravar hiperatividade, dificuldade de concentração e aprendizado.
Açúcar pode produzir aumento significativo dos trigliceridios.
Açúcar pode produzir dano aos rins.
Açúcar pode reduzir o colesterol bom(HDL-colesterol).
Açúcar pode elevar o colesterol ruim(LDL colesterol)
Açúcar pode levar a deficiência de cromo.
Açúcar pode levar a deficiência de cobre.
Açúcar interfere na absorção de cálcio e magnésio.
Açúcar pode acentuar os efeitos do stress no organismo.
Açúcar está associado a maior incidência de vários tipos de câncer (mama, ovário, próstata, cólon e reto).
Açúcar pode ser um fator de risco em câncer de bexiga.
Açúcar pode levar a hipoglicemia.
Açúcar pode aumentar a produção de ácidos no estômago.
Açúcar pode acelerar o envelhecimento biológico.
Açúcar pode aumentar a chance de alcoolismo.
Açúcar pode promover cáries e doença periodontal.
Açúcar pode contribuir significativamente para ganho de peso, obesidade e diabetes.
Ingesta elevada de açúcar aumenta o risco de Doença de Crohn e colite ulcerativa.
Açúcar pode causar artrite.
Açúcar pode causar candidiase.
Açúcar pode levar a formação de pedras na vesícula biliar.
Açúcar pode levar a formação de pedras no rin.
Açúcar pode aumentar a incidência de doença cardíaca isquêmica.
Açúcar pode causar apendicite.
Açúcar pode exarcebar os sintomas de esclerose múltipla.
Açúcar pode piorar os níveis de glicose e insulina em usuárias de contraceptivos orais.
Açúcar pode diminuir os niveis do hormônio do crescimento.
Açúcar pode contribuir para osteoporose.
Açúcar pode elevar o colesterol total.
Açúcar pode elevar a pressão arterial.
Açúcar pode causar alergias alimentares.
Açúcar pode dificultar o controle do diabetes.
Açúcar está associado a doença hipertensiva específica da gravidez.
Açúcar pode alterar a estrutura do DNA.
Açúcar pode levar a catarata.
Açúcar pode contribuir para o enfisema pulmonar.
Açúcar aumenta a formação de radicais livres no organismo.
Açúcar pode contribuir para alergias em crianças.
Açúcar pode causar deposição de gordura no fígado.
Açúcar pode causar retenção de líquidos no organismo.
Açúcar pode causar constipação intestinal.
Açúcar pode aumentar a fermentação bacteriana no intestino.
Açúcar pode aumentar a incidência de cefaléias, inclusive enxaquecas.
Açúcar pode alterar o padrão encefalográfico do cérebro prejudicando a clareza de pensamento.
Açúcar pode causar depressão.
Açúcar pode causar desequilibrios hormonais.
Açúcar pode aumentar a desividade plaquetária e o risco de tromboembolismo.
Açúcar pode aumentar o risco de doença de Alzheimer.
Ainda ocupava as carteiras da faculdade de Medicina quando aprendi que pacientes diabéticos estão mais suscetíveis de contrair infecções que a população normal. No entanto, muito tempo depois é que comecei a desvendar os meandros deste fenômeno tecnicamente chamado "glicotoxicidade". O trabalho que vou comentar aqui me ajudou muito neste sentido. É um trabalho da década de 70. A forma como que encontrei este trabalho foi quase casual. Contudo, o significado para nós hoje é tremendamente significativo, nestes tempos de embate conta gripe suina, Dengue, HIV e tantos outros micróbios que atormentam a consciência de nossa população. O trabalho citado tem por título "Influência dos açúcares na capacidade fagocítica dos neutrófilos humanos". Para quem não está habituado a termos da biologia, FAGOCITOSE é a capacidade que a as nossas células de defesa(como os neutrófilos) possuem de englobar("devorar") partículas ou organismos que constituem ameaça à integridade do nosso sistema biológico (vírus, bactérias, células defeituosas, etc). Os objetivos do estudo foram 1) verificar se a ingetão de glicose e outros carboidratos diminuia a capacidade fagocítica dos neutrófilos, 2) por quanto tempo perduravam os efeitos da ingestão destes carboidratos sobre a capacidade fagacítica dos neutrófilos, e 3) Determinar se o jejum afetava a fagocitose. O trabalho utilizou a seguinte metodologia: após 12 horas de jejum, todos os participantes recebiam 100g de carboidratos na forma de glicose, amido, frutose(açúcar das frutas), sacarose(açúcar), mel e suco de laranja. Em seguida, 30 min., 1 hora, 2horas, 3 horas e 5 horas após a ingestão destes carboidratos, era colhido sangue fresco das veias dos participantes. O sangue era colocado em contato com uma suspensão de bactérias e através do microscópio se media o número de bacterias fagocitadas pelos leucócitos na unidade de tempo(chamou-se isto de índice fagocítico). O que é que descobriram? Todas os carboidratos utilizados reduziram a atividade fagocitária das células de defesa. Esta redução foi maior com os açúcares simples que com o amido.Houve uma redução de até 50% na capacidade da célula de defesa fagocitar a bactéria. Esta redução foi mais acentuada no periodo entre 1 a 2 horas após a ingestão do carboidrato, contudo ainda era sentida 5 horas apos a ingestão do carboidrato.O jejum de 12 horas associou-se a maior atividade fagocítaria dos neutrófilos. Que significado prático este estudo apresenta para nós? O Primeiro é que dieta desempenha um papel fundamental na questão da resistência às infecções. Os açúcares simples(inclusive o das frutas), quando consumidos em excesso, além de contribuir para o aumento de doenças como obesidade, Diabetes, Doença cardiovascular, etc; também reduzem a nossa imunidade e nos tornam presas mais fáceis para os microorganismos patogênicos.
Fonte: Albert Sanchez, J. L. Reeser, H. S. Lau, P. Y. Yahiku, R. E. Willard, P. J. McMillan, S. Y. Cho, A. R. Magie and U. D. Register; Role of Sugars in human neutrophilic phagocytosis. AJCN 26: NOVEMBER 1973, pp. 1180-1184.
*Veja o interessante vídeo mostrando uma célula neutrófila "caçando" e fagocitando uma bactéria.
Aumentar a ingestão de cálcio em sua alimentação pode ajudar você a viver mais. É o que sugere uma nova pesquisa. Pesquisadores suecos constataram que homens que consumiam mais cálcio na dieta apresentaram probabilidade 25% menor de morrer na década seguinte que seus pares que que consumiam os menores níveis de cálcio na alimentação. Nenhum dos indivíduos pesquisados utilizava cálcio em forma de suplemento. Estes resultados estão de acordo com pesquisa anterior que associa maior ingesta de cálcio com menor mortalidade, tanto em homens quanto em mulheres. De acordo com esta pesquisa, homens que consumiam os niveis mais altos de cálcio em sua dieta, estavam ingerindo aproximadamente 2000 mg de cálcio por dia. Estes apresentaram risco 25% menor de morrer por qualquer causa, e 23% menor de morrer por doença cardíaca quando comparados com homens que estavam ingerindo até 1000 mg de cálcio por dia. Os efeitos do beneficio desta ingestão de cálcio provavelmente incluem varios fatores, entre eles uma redução da pressão arterial, dos níveis de colesterol ou dos níveis de açúcar no sangue, afirmam os pesquisadores. O cálcio é tão importante para uma variedade de funções biológicas, que se o nivel de ingesta deste mineral não for suficiente na dieta, o organismo vai mobilizar o cálcio armazenado nos ossos para as funçoes que ele necessitar. As principais fontes de cálcio na dieta são; leite e derivados, vegetais com folhas verdes(espinafre, couve, etc), peixes como salmão, sardinhas e trutas. O gergelim tabém é uma boa fonte de cálcio. A Vitamina D também é importante para otimizar a absorção do cálcio. Então, além de aumentar a ingesta de alimentos ricos em cálcio, é necessario otimizar os níveis de vitamina D para garantir uma boa assimilação deste mineral.
Fonte:Am J Epidemiol. 2010 Apr 1;171(7):801-7. Epub 2010 Feb 19.
Médico Nutrólogo.
'Qualquer que tenha sido o pai de uma doença,com certeza a mãe foi uma dieta deficiente”.
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