domingo, 3 de julho de 2011

Alto nível de fosfatos nos refrigerantes está relacionado a envelhecimento prematuro, arterioesclerose e doença cardíaca.




Não tenho nenhuma dúvida de que todos os fenômenos que estão acontecendo neste momento no universo obedecem a uma lei de causa e efeito. No entanto, a maior parte do sofrimento humano advém do fato de nós não reconhecermos esta relação na maioria dos eventos que constituem o que chamamos de “vida”. 

Bem, dito isto, quero comentar aqui dois trabalhos científicos que começam a tirar o véu sobre o efeito deletério que o consumo regular de bebidas tipo refrigerantes pode ter na saúde das pessoas. Este efeito é atribuído principalmente ao alto nível de fosfatos nos refrigerantes (e também em menor proporção em alimentos processados, laticínios, salsichas, etc) que pode acelerar os sinais do envelhecimento biológico e aumentar a velocidade do processo de arterioesclerose (endurecimento e calcificação das paredes das artérias), conhecida causa de doença cardiovascular.

O primeiro trabalho, publicado por Razzaque e Onishi no FACEB journal em 2010, utilizando ratos geneticamente modificados, observou menor longevidade e aumento significativo da velocidade de envelhecimento biológico com todos os seus sinais (alterações do sistema esquelético, perda muscular,  incoordenação de movimentos, disfunção hormonal, enfisema, etc) em ratos com maiores níveis de fosfato no organismo. 

O segundo trabalho, publicado no “Arteriosclerosis Thrombosis and Vascular Biology” em Junho de 2011, também utilizando cobaias alimentadas com dietas aterogênicas durante 20 semanas,  observou que o grupo de cobaias a quem foi fornecido maior quantidade de fosfato na dieta, formou maior quantidade de placas arterioescleróticas calcificadas na aorta. Este efeito foi independente de modificações no perfil lipídico dos animais, ou seja, não esteve associado a aumento do colesterol e suas frações no sangue. Segundo o  Dr Tim Chico, do Departamento de Ciência cardiovascular da Universidade de Sheffield(Reino Unido), esta descoberta abre novas perspectivas na prevenção da doença cardiovascular. “ O estudo sugere que reduzindo o nível de fosfato no sangue, podemos ter descoberto uma nova abordagem para reduzir a incidência de doença cardiovascular- afirma ele.

Pesquisa inédita feita pelo Ministério da Saúde mostra que o número de brasileiros que consome regularmente refrigerantes e sucos artificiais aumentou 3,4% em apenas um ano. Em 2008, 24,6% da população fazia uso da bebida cinco ou mais vezes na semana.  Em 2009, esse porcentual subiu para 27,9%. Refrigerantes também estão muito associados a obesidade e Diabetes.  A bebida, além de alto teor de açúcar, apresenta altas taxas de sódio - o que também aumenta o risco para hipertensão e para pacientes com problemas renais.



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