domingo, 9 de maio de 2010

Feliz dia das mães, Gaia!


Hoje é dia das mães. Em meio às festividades deste dia, sempre sou remetido a um sentimento de nostalgia pela ausência da minha mãe, que deixou este mundo há alguns anos. Nestas introspecções, me pus a divagar em como temos tratado a nossa mãe. Não... não estou me referindo à nossa genitora, homenageada nesta data. Refiro-me a nossa "mãe" enquanto espécie homo sapiens: Gaia, terra, natureza ou seja lá o nome que se queira dar. O fato é que, se comparado ao tempo total de existência do planeta, a humanidade surgiu só há algumas "horas", e no entanto, ja colocamos em risco todas as espécies que este planeta abriga, inclusive nós mesmos.

Em 1979, James Lovelock, um dos mais renomados cientistas ambientais do mundo e membro da Royal Society, do Reino Unido, popularizou a sua idéia acerca do nosso planeta através do livro "Gaia: um novo olhar sobre a vida na terra". Segundo Lovelock, a Terra, a quem ele chama de Gaia (em referência à mitologia grega), não é um cenário estático a mercê dos caprichos da humanidade. Sua idéia central é que a terra é um organismo vivo, que se auto regula,composto por todos os seres vivos e seu ambiente material.

Quando, nos anos setenta, ele esboçou pela primeira vez sua brilhante teoria da Gaia, pessoas no mundo inteiro a abraçaram, e num curto espaço de tempo o conceito de Gaia deixou de ser uma idéia à margem do pensamento científico para constituir-se numa de suas correntes principais.

Novas áreas de pesquisa têm sido abertas por este conceito inovador. Lovelock afirma:"Se considerarmos o planeta como sendo um superorganismo do qual somos uma parte - não os proprietários ou inquilinos, nem mesmo passageiros - poderíamos ter ainda muito tempo pela frente e nossa espécie poderia sobreviver pelo tempo que a ela estava destinado. Só depende de mim e de você."


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